LENDO UMA FLORESTA DO PASSADO: A PAISAGEM DA BACIA DO RIO MACACU (RJ) NO FINAL DO SÉCULO XVIII E INÍCIO DO XIX
Resumo
Embora não permita, na maioria dos casos, o recurso da cartografia, o uso de documentação histórica vem sendo cada vez mais apontado como um método legítimo para a “leitura” de paisagens florestais do passado. Esta via metodológica vem se mostrando adequada para a reconstrução de paisagens mais recuadas no tempo, bem como processos de mudança de longa duração. O objetivo deste estudo foi chegar a estimativas razoáveis da antiga paisagem florestal – tanto em termos espaciais quanto estruturais – da bacia do rio Macacu (nordeste do Recôncavo da Guanabara, Rio de Janeiro), usando documentação primária (relatórios administrativos, correspondências oficiais) e secundária (principalmente relatos de viajantes e crônicas) do último quartel do século XVIII e início do XIX, além, é claro, da historiografia pertinente. Os resultados alcançados revelam que, se o século XVIII representou, de fato, um turning point na história da Mata Atlântica brasileira, em geral, e fluminense, em particular, com o início de taxas de desflorestamento exponencialmente maiores, a bacia do Macacu parece ter constituído, ainda no final da centúria, um grande “refúgio” do bioma. Palavras-chave: Geoecologia histórica. Paisagem florestal. Bacia do rio Macacu. Rio de Janeiro colonial tardio.Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Os autores mantém os direitos autorais e concedem à GEOGRAFIA o direito de primeira publicação, com os artigos simultaneamente licenciados sob a Licença Creative Commons BY 4.0, que permite o compartilhar e adaptar os artigos para qualquer fim, desde que sejam dados os créditos apropriados e as disposições dos direitos de imagem, de privacidade ou direitos morais. Outras atribuições legais podem ser acessadas em: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/legalcode.en.
Geografia, Rio Claro, SP, Brasil - eISSN 1983-8700 está licenciada sob a Licença Creative Commons BY 4.0