TOPONÍMIA DE MONTANHAS: UMA GUERRA DE CULTURAS

Abstract

INTRODUÇÃO “Toponímia” é a palavra usada em cartografia que significa dar nomes aos acidentes geográficos. É muito possível que, a partir do momento em que o Homo Sapiens Sapiens desenvolveu uma linguagem mais complexa, as tribos começaram a dar nomes aos elementos mais importantes da paisagem, como as montanhas mais imponentes que dominassem o cenário local, além de rios, lagos e lagunas. Isso parece lógico porque, para passar informações precisas sobre as rotas de caça, ou de fontes de outros tipos de alimentos, ou mesmo de abrigo, necessariamente essas tribos teriam que dar nome a algum elemento da paisagem para indicar o caminho ou para localizar a fonte. As primeiras levas migratórias humanas ocorreram numa época onde não havia tecnologia e nem meios de transporte, e mesmo assim, foram poucos os lugares no planeta onde o homem não conseguiu se estabelecer, chegando neles simplesmente caminhando. O milênio passado foi considerado o período das grandes explorações geográficas e isso se deve principalmente ao desenvolvimento dos meios de transportes marítimos e também de alguns equipamentos. Porém, as explorações já existiam em tempos mais remotos e os antropólogos e historiadores usualmente estabelecem quatro períodos distintos, em função do tipo e dos objetivos das explorações, como sumariza Vesilind (1998):