REPRESENTAÇÃO CARTOGRÁFICA DA REDE HIDROGRÁFICA E SUAS LIMITAÇÕES NA QUANTIFICAÇÃO DE ÁREAS DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE
DOI:
https://doi.org/10.5016/geografia.v47i1.16045Resumo
Cartas da rede hidrográfica elaboradas por instituições governamentais têm sido utilizadas para delimitação de Áreas de Preservação Permanente (APPs) no Brasil, mas são frequentes os problemas decorrentes de discrepâncias entre essas cartas e a verdade terrestre. Para caracterizar e quantificar essas discrepâncias, quer sejam metodológicas ou decorrentes da escala dos mapas ou de mudanças temporais, mapeamos as nascentes e cursos d’água em cinco imóveis rurais (totalizando 10.860 ha, nos municípios de Brotas e Ribeirão Bonito, SP) e comparamos com a rede hidrográfica regional mapeada pelo IBGE e pelo IGC. Verificamos, para a região de estudo, superdimensionamento de 157% no número de nascentes e de 83% na extensão dos cursos d'água pelo IBGE e de 209% no número de nascentes e de 84% na extensão dos cursos d'água pelo IGC. Consequentemente, ambos os mapas resultam em superdimensionamento também das APPs. Consideramos, portanto, que tais cartas podem ser utilizadas como referência aproximada da rede hidrográfica, mas não podem oferecer embasamento para nenhuma decisão jurídica ou de planejamento ambiental sem que sejam devidamente corrigidas por uma verificação em campo.
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