A imagem do mundo transmitida pelos mapas: notas para uma alfabetização cartográfica
DOI:
https://doi.org/10.18675/1981-8106.v33.n.66.s16862Palabras clave:
Mapa. Intenção dos Mapas. Educação Geográfica. Alfabetização Cartográfica.Resumen
Utilizando um procedimento teórico-metodológico de natureza indutiva, o artigo defende que os mapas são construções sociais que transmitem mensagens ideológicas, culturais e políticas, portanto a intenção da linguagem cartográfica é um ponto de interesse prioritário. É claro que indivíduos e organizações têm sempre usado planisférios para os seus próprios fins, independentemente dos critérios técnicos de precisão perseguidos pelos cartógrafos. Os mapas são representações seletivas e parciais do território, de forma que o seu uso não pode estar à margem dos preconceitos pessoais nem da manipulação política. Não há dúvida de que o mapa é uma ferramenta fundamental na explicação geográfica e, portanto, um instrumento básico para o trabalho dos geógrafos. É também um recurso amplamente utilizado no ensino de geografia, geralmente muito desvinculado de uma educação geográfica autêntica. O trabalho defende que a educação geográfica deve promover a alfabetização geográfica com foco na alfabetização espacial. Especificamente, a Geografia é a disciplina escolar que assume a responsabilidade de contribuir para o desenvolvimento do pensamento ou raciocínio espacial por meio da alfabetização cartográfica.
Citas
AUDIGIER, F. La didactique de la Géographie. In: DESPLANQUES, P. (coord.). La Géographie en collège et en lycée. París: Hachette, 1994. p. 102-127.
BAILEY, P. Didáctica de la Geografía. Madrid: Cincel-Kapelusz, 1981.
BENEJAM, P.; COMES, P. ¿Nuevas coordenadas para la enseñanza de la Geografía? Las implicaciones del constructivismo en la enseñanza-aprendizaje de las habilidades cartográficas. Íber: Didáctica de las Ciencias Sociales, Geografía e Historia, Barcelona, n. 1, p. 106-116, 1994.
BROTTON, J. Historia del mundo en 12 mapas. Barcelona: Debate, 2014.
CALAF, R.; SUÁREZ, M. A.; MENÉNDEZ, R. Aprender a enseñar geografía. Barcelona: Oikos-Tau, 1997.
CHOMEL, M. Visión indígena del territorio. In: AA.VV. Mapas y planos de México: siglos XVI al XX. México: Instituto Nacional de Estadística, Geografía e Informática, 1988. p. 13-20.
CLARY, M. Aprender a situar, situar para aprender. Boletín de Didáctica de las Ciencias Sociales, Barcelona, n. 5, p. 31-43, 1992.
CONTRERAS SERVÍN, C. La cartografía indígena como testimonio de la identidad territorial de las culturas prehispánicas. Boletín del Sistema Nacional de Informacion Estadística y Geográfica, México, v. 2, n. 3, p. 182-195, 2009. Disponible en: https://www.researchgate.net/publication/290995172_La_cartografia_indigena_como_testimonio_de_la_identidad_territorial_de_las_culturas_prehispanicas. Acceso en: 9 jun. 2022.
DUARTE, R. G. A cartografia escolar e o pensamento (geo)espacial: alicerces da educação geográfica. In: ROQUE ASCENÇÃO, V. de O.; VALADÃO, R. C.; SOARES DEL GAUDIO, R.; SOUZA, C. J. de O. (org.). Conhecimentos da Geografia: Percursos de Formação Docente e Práticas na Educação Básica. Belo Horizonte: Universidade Federal de Minas Gerais, 2017. p. 28-52.
FONTANABONA, J. (dir.). Cartes et modèles graphiques : analyses de pratiques en classe de géographie. París: Institut National de Recherche Pédagogique, 2000.
GALEANO, E. Patas arriba: la escuela del mundo al revés. Madrid: Siglo XXI, 1998.
GERSMEHL, P. Teaching geography. Third edition. Nueva York: Guilford Press, 2014.
GRATALOUP, C.; FUMEY, G. (dir.). Atlas Global. Madrid: Cátedra, 2016.
HARTSHORNE, R. The Nature of Geography: A Critical Survey of Current Thought in the Light of the Past. Annals of the Association of American Geographers, Washington, n. 29, p. 171-645, 1939.
JEREZ, O. El lenguaje cartográfico como instrumento para la enseñanza de una geografía crítica y para la educación ambiental. In: MARRÓN, M. J.; SÁNCHEZ, L.; JEREZ, O. (coords.). Cultura geográfica y educación ciudadana. Cuenca: Universidad de Castilla-La Mancha, 2006. p. 483-501.
LACOSTE, Y. La geografía: un arma para la guerra. Barcelona: Anagrama, 1977.
LUQUE, R. El uso de la cartografía y la imagen digital como recurso didáctico en la enseñanza secundaria. Algunas precisiones en torno a Google Earth. Boletín de la Asociación de Geógrafos Españoles, Madrid, n. 55, p. 183-210, 2011. Disponible en: http://www.age-geografia.es/ojs/index.php/bage/article/view/1318/1241. Acceso en: 9 jun. 2022.
MORGAN, J. What do we mean by thinking geographically?. In: LAMBERT, D.; JONES, M. (ed.). Debates in Geography Education. Londres: Routledge, 2013. p. 273-281.
PETERS, A. La nueva cartografía. Barcelona: Vicens Vives, 1992.
SINTON, D. S. et al. The People’s Guide to Spatial Thinking. Washington: National Council for Geographic Education, 2013.
SOUTO, X. M. Didáctica de la geografía: problemas sociales y conocimiento del medio. Barcelona: Ediciones del Serbal, 1999.
SOUTO, X. M.; RAMÍREZ, S. Enseñar Geografía o educar geográficamente a las personas. Íber: Didáctica de las Ciencias Sociales, Geografía e Historia, Barcelona, n. 9, p. 15-26, 1996.
THROWER, N. J. W. Mapas y civilización: historia de la cartografía en su contexto cultural y social. Barcelona: Ediciones del Serbal, 2002.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Os Autores que publicam nessa revista concordam com os seguintes termos:
a) Os autores cedem os direitos autorais à revista, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution License que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da sua autoria e publicação nesta revista.
b) A política adotada pela Comissão Editorial é a de ceder os direitos autorais somente após um período de 30 meses da data de publicação do artigo. Transcorrido esse tempo, os autores interessados em publicar o mesmo texto em outra obra devem encaminhar uma carta à Comissão Editorial solicitando a liberação de cessão dos direitos autorais e aguardar resposta.
c) Esta revista proporciona acesso público a todo o seu conteúdo, uma vez que isso permite uma maior visibilidade e alcance dos artigos e resenhas publicados. Para maiores informações sobre esta abordagem, visite Public Knowledge Project, projeto que desenvolveu este sistema para melhorar a qualidade acadêmica e pública da pesquisa, distribuindo o OJS assim como outros softwares de apoio ao sistema de publicação de acesso público a fontes acadêmicas. Os nomes e endereços de e-mail neste site serão usados exclusivamente para os propósitos da revista, não estando disponíveis para outros fins. This journal provides open any other party Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons