A EDUCAÇÃO COMPARADA E SEUS CAMINHOS NA RBEP DESDE 1944: ENTRE ESPAÇOS, TEMPOS E QUESTÕES
DOI:
https://doi.org/10.18675/1981-8106.v30.n.63.s13502Palavras-chave:
Educação Comparada. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos (RBEP). Espaços, tempos e questões da Educação Comparada.Resumo
Este texto examina de que maneira a Educação Comparada é discutida na Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos, em artigos que se utilizaram de questões ou metodologias de análise comparativas. Esse periódico vem circulando desde a década de 1940, reunindo artigos de Educação Comparada com características variadas. Metodologicamente, a pesquisa consistiu no levantamento, organização e análise de mais de 100 artigos ao todo. Entre a década de 1940 e os anos 1970, as referências aos EUA predominaram em textos que mencionaram o país ou alguma cidade, estado ou instituição norte-americana. Dos anos 1980 em diante a tendência foi atentar para outros espaços, sobretudo para a América Latina e Portugal, em artigos que trataram de questões mais atuais. As comparações estiveram presentes em boa parte das páginas da revista, sendo que entre 1944 e 1960 elas apareceram mais do que nos anos 1960 até a década de 1980. Após a diminuição do número de textos de Educação Comparada, entre a década de 1990 e 2015, temos um período marcado pela retomada e crescimento desse tipo de artigo.
Referências
ALVARENGA, L. Contribuições para os estudos sobre a pesquisa educacional no Brasil: análise biobibliométrica de artigos da Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos, v. 81, n. 198, maio/ago. 2000, p. 244-272.
ARAÚJO, M. História(s) comparada(s) da educação. Brasília: Liber Livro, 2009.
BARROSO, J. Prefácio. In: SOUZA, D. B. de; MARTÍNEZ, S. A. Educação comparada: rotas de além-mar. São Paulo: Xamã, 2009, p. 9-15.
BEISIEGEL, C. de R. Educação e Sociedade no Brasil após 1930. In: FAUSTO, B. (org.). História geral da civilização brasileira: o Brasil Republicano – economia e cultura (1930-1964). São Paulo: Difel, 1984. t. 3, v.4, p. 381-416.
CARDOSO, S. F. Diários de viagem de Anísio Teixeira: razões e sentidos de uma escrita de "si" e do "outro". Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos. [online]. 2013, v. 94, n. 236, p. 11-31. DOI http://dx.doi.org/10.1590/S2176-66812013000100002. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2176-66812013000100002&lng=pt&tlng=pt. Acesso em: 1 out. 2019.
CASTRO, M. Apresentação. In: SOUZA, D. B. de; MARTÍNEZ, S. A. Educação comparada: rotas de além-mar. São Paulo: Xamã, 2009.
CATANI, A., OLIVEIRA, R. P. Reformas educacionais em Portugal e no Brasil. Belo Horizonte: Autêntica 2000.
CAVALCANTE, M. J.; QUEIROZ, Z. F. de; ARAÚJO, J. E., HOLANDA, P. H. C. História da educação comparada: discursos, ritos e símbolos da educação popular, cívica e religiosa. Fortaleza: Edições UFC, 2011.
COWEN, R.. A história e a criação da educação comparada. In: COWEN, R.; KAZAMIAS, A.; ULHERHALTER (org.) Educação comparada: panorama e perspectivas. v. 1. Brasília: UNESCO/CAPES, 2012. p. 19-24.
FERREIRA, A. G. O sentido da educação comparada: do simbolismo fundacional à renovação das lógicas de investigação. In: SOUZA, D. B. de; MARTÍNEZ, S. A. Educação comparada: rotas de além-mar. São Paulo: Xamã, 2009, p.137-166.
LOURENÇO FILHO, M. B. Educação Comparada. 2. ed. São Paulo: Melhoramentos, 1964.
GATTI JR., D.; MONARCHA, C.; BASTOS, M. H. C. (org.). O ensino de história da educação em perspectiva internacional. Uberlândia: EDUFU, 2009.
GIL, N. Razão em números: a presença das estatísticas nos discursos educacionais divulgados na Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos (1944-1952). 2002. 172 f. Dissertação (Mestrado em Educação) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2002.
GOMES, C. A. Educação comparada no Brasil: esboço de agenda. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos, v. 96, n. 243, maio/ago. 2015, p. 243-258.
KALOYIANNAKI, P. , KAZAMIAS, A. Os primórdios modernistas da educação comparada: o tema protocientífico e administrativo reformista-meliorista. In: COWEN, R.; KAZAMIAS, A.; ULHERHALTER (org.). Educação comparada: panorama e perspectivas. v. 1. Brasília: UNESCO/CAPES, 2012. p. 25-54.
MADEIRA, A. I. Sons, sentidos e silêncios da lusofonia: uma reflexão sobre os espaços-tempos da língua portuguesa. Lisboa: Educa, 2003.
MEYER, J.; RAMIREZ, F.; SOYSAL, Y. World expansion of mass education, 1870-1980. Sociology of Education, v. 65, n. 2, abr./1992, p. 128-149.
MIGNOT, A. C.; GONDRA, J. G. (org.). Viagens pedagógicas. São Paulo: Cortez, 2007.
MONARCHA, C. Lourenço Filho. Recife: Editora Massangana-Fundação Joaquim Nabuco, 2010.
NÓVOA, A. Histoire & comparaison: essais sur l'education. Lisboa: Educa, 1998.
NÓVOA, A. Modelos de análise em educação comparada: o campo e o mapa. In: SOUZA, D. B. de; MARTÍNEZ, S. A. Educação comparada: rotas de além-mar. São Paulo: Xamã, 2009, p. 23-62.
NÓVOA, A.; CARVALHO, L. M.; CORREIA, A. C.; MADEIRA, A. I.; Ó, J. R. do. Educational knowledge and its circulation – historical and comparative approaches of portuguese-speaking countries. Lisboa: Educa, 2003.
NÓVOA, A.; SCHRIEWER, J. A difusão mundial da escola. Lisboa: Educa, 2000.
STEINER-KHAMSI, G. Reterritorializing education import. In: NÓVOA, A.; LAWN, M. (ed.). Fabricating Europe. Netherlands: Klumer Academic Publishers, 2002, p. 69-86.
PERALVA, A. T. et al. (org.). Dialogues franco-brésiliens sur la violence et la démocratie. Paris: Revue Cultures et Conflits, 2005.
SCHRIEWER, J. Sistema mundial e inter-relacionamento de redes: a internacionalização da educação e o papel da pesquisa comparativa. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos. v. 76, n. 182/183, 1995, p. 241-304.
SOUZA, D. B. de; MARTÍNEZ, S. A. (org.). O estado do conhecimento em educação comparada Brasil-Portugal (1986-2006). In: SOUZA, D. B. de; MARTÍNEZ, S. A. Educação comparada: rotas de além-mar. São Paulo: Xamã, 2009, p. 167-219.
VIDAL, D.; ASCOLANI, A. Reformas educativas no Brasil e na Argentina: ensaios de história comparada da educação (1820-2000). São Paulo: Cortez, 2009.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Os Autores que publicam nessa revista concordam com os seguintes termos:
a) Os autores cedem os direitos autorais à revista, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution License que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da sua autoria e publicação nesta revista.
b) A política adotada pela Comissão Editorial é a de ceder os direitos autorais somente após um período de 30 meses da data de publicação do artigo. Transcorrido esse tempo, os autores interessados em publicar o mesmo texto em outra obra devem encaminhar uma carta à Comissão Editorial solicitando a liberação de cessão dos direitos autorais e aguardar resposta.
c) Esta revista proporciona acesso público a todo o seu conteúdo, uma vez que isso permite uma maior visibilidade e alcance dos artigos e resenhas publicados. Para maiores informações sobre esta abordagem, visite Public Knowledge Project, projeto que desenvolveu este sistema para melhorar a qualidade acadêmica e pública da pesquisa, distribuindo o OJS assim como outros softwares de apoio ao sistema de publicação de acesso público a fontes acadêmicas. Os nomes e endereços de e-mail neste site serão usados exclusivamente para os propósitos da revista, não estando disponíveis para outros fins. This journal provides open any other party Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons