Escrita, leitura e experimentação nos Ciclos de Oficinas
DOI:
https://doi.org/10.18675/1981-8106.v33.n.66.s17253Palavras-chave:
Práticas Culturais. Partilha do Sensível. Educação e Pandemia. Formação do Educador. Cartografia.Resumo
O texto a seguir apresenta o Ciclo de Oficinas, que foi, durante o período crítico da pandemia de Covid-19, uma iniciativa extensionista desenvolvida pela Universidade Federal do Tocantins (UFT) e coordenada pelos autores, então professores substitutos da citada instituição. O Ciclo de Oficinas caracteriza-se como uma proposta de experimentação pela leitura e pela escrita, por meio de encontros virtuais em tempo real em que os participantes são convidados a produzir escritas e a compartilhá-las, tendo como dispositivos objetos diversos de linguagens variadas. Enquanto estratégia de composição textual, e considerando a cartografia e a pesquisa-experimentação horizontes teórico-metodológicos, optamos por descrever o nosso itinerário formativo ressaltando a opção pela oficina como formato conveniente para práticas educativas de cunho experimental e o modo como as práticas de leitura e escrita contribuíram para a construção dessa jornada até se tornarem o objetivo fundamental de nosso interesse como educadores e pesquisadores. Finalizamos com uma cartografia das oito edições do Ciclo de Oficinas realizadas pela UFT, traçando alguns elementos reflexivos, em consonância com as falas e as escritas registradas pelos participantes, que argumentam em favor da experimentação como mote educativo, tendo a leitura e a escrita como práticas inventivas de si, do outro e de mundos.
Referências
BÁRCENA, F. En busca de una educación perdida. Rosario: Homo Sapiens Ediciones, 2016.
BARROS, L. M. R.; BARROS, M. E. B. Pista da análise: o problema da análise em pesquisa cartográfica. In: PASSOS, E.; KASTRUP, V.; TEDESCO, S. (org). Pistas do método da cartografia: a experiência da pesquisa e o plano comum. v. 2. Porto Alegre: Sulina, p.175-202, 2016.
BENJAMIN, W. Magia e técnica, arte e política: ensaios sobre literatura e história da cultura. São Paulo: Editora Brasiliense, 1987.
BOAL, A. Jogos para atores e não-atores. 14. ed. rev. ampl. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1998.
BORGES, J. L. O livro de areia. São Paulo: Companhia das letras, 2009.
CALVINO, I. Seis propostas para o próximo milênio: lições americanas. São Paulo: Companhia das letras, 1990.
CAMARGO, M. R. R. M. Da vida à morte à vida: a linguagem é a ponte. Reflexões acerca do ato de escrever. Revista Educação e Filosofia, v. 30, n. 60, p. 669-684, jul./dez. 2016.
CAMARGO, M. R. R. M. Sobre leitura e escritos autobiográficos: apontamentos teóricos. In: CAMARGO, M. R. R. M. (org.); SANTOS, V. C. C. (colab.). Leitura e escrita como espaços autobiográficos de formação. São Paulo: Cultura Acadêmica, p. 13-29, 2010.
CAMARGO, M. R. R. M.; AZEVEDO, M. A. R. PEJA - Rio Claro: 14 anos de História (novembro de 2001 a abril de 2015). Unesp, Pró-Reitoria de Extensão (PROEX), Instituto de Biociência, Departamento de Educação - Câmpus de Rio Claro, 2015.
CAMUS, A. O Mito de Sísifo: ensaio sobre o absurdo. Rio de Janeiro: Record, 2004.
CERTEAU, M. A invenção do cotidiano: 1. Artes de fazer; 15. ed. Trad. Ephraim Ferreira Alves. – Petrópolis, RJ: Vozes, 2008.
DELEUZE, G. Crítica e clínica. São Paulo: Editora 34, 2011.
DELEUZE, G. Lógica do sentido. São Paulo: Perspectiva, 2015.
DELEUZE, G. O abecedário de Gilles Deleuze. 1988/89. Disponível em: http://escolanomade.org/wp-content/downloads/deleuze-o-abecedario.pdf. Acesso em: 22 jul. 2021.
FOUCAULT, M. A escrita de si. In: FOUCAULT, M. O que é um autor? Lisboa: Passagens. 1992. p. 129-160.
FOUCAULT, M. A linguagem ao Infinito. In: FOUCAULT, M. Estética: literatura e pintura, música e cinema. Trad. Inês Autran Dourado Barbosa. 2. ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2009.
FOUCAULT, M. A ordem do discurso. São Paulo: Loyola, 1996.
FOUCAULT, M. Isto não é um cachimbo. Trad. Jorge Coli. 5. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2008.
FOUCAULT, M. Las Meninas. In: FOUCAULT, M. As palavras e as coisas: uma arqueologia das ciências humanas. Trad. Salma TannusMuchail. 8. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1999.
FOUCAULT, M. Uma estética da existência. In: FOUCAULT, M. Ditos e Escritos V: Ética, sexualidade, política. Tradução: Elisa Monteiro, Inês Autran Dourado Barbosa. Rio de janeiro: Forense Universitária, 2004.
INGOLD, T. Estar vivo: ensaios sobre movimento, conhecimento e descrição. Petrópolis: Vozes, 2015.
KRENAK, A. Ideias para adiar o fim do mundo. São Paulo: companhia das letras, 2019.
LARROSA, J. Notas sobre experiência e o saber de experiência. Revista Brasileira de Educação. n. 19, p. 20-28, jan./abr. 2002.
LARROSA, J. Pedagogia Profana: danças, piruetas e mascaradas. Belo Horizonte: Autêntica, 2010.
LARROSA, J. Tecnologias do Eu e Educação. In: SILVA, T. T. O sujeito da educação: estudos foucaultianos. Petrópolis, RJ: Vozes, 1994. p. 35-86.
LISPECTOR, C. A descoberta do mundo. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1984.
OLIVEIRA, T. R. M.; PARAÍSO, M. A. Mapas, danças, desenhos: a cartografia como método de pesquisa em educação. Revista Pro-posições, v. 23, n. 3, p. 159-178, 2012.
PASSOS, E.; BARROS, R. B. Pista 1: A cartografia como método de pesquisa-intervenção. In: PASSOS, E.; KASTRUP, V.; ESCÓSSIA, L. (org.). Pistas do método da cartografia: Pesquisa-intervenção e produção de subjetividade. Porto Alegre: Editora Sulina, p. 17-31, 2020.
PASSOS, E.; EIRADO, A. Cartografia como dissolução do ponto de vista do observador. In: PASSOS, E.; KASTRUP, V.; ESCÓSSIA, L. (org.). Pistas do método da cartografia: Pesquisa-intervenção e produção de subjetividade. Porto Alegre: Editora Sulina, p. 109-130, 2020.
PASSOS, E.; KASTRUP, V.; ESCÓSSIA, L. (org.). Pistas do método da cartografia: pesquisa-intervenção e produção de subjetividade. Porto Alegre: Sulina, 2020.
PASSOS, E.; KASTRUP, V.; TEDESCO, S. (org.). Pistas do método da cartografia: a experiência de pesquisa e o plano comum - Vol.2. Porto Alegre: Sulina, 2016.
RANCIÈRE, J. O mestre ignorante: cinco lições sobre a emancipação intelectual. Belo Horizonte: Autêntica, 2015.
RECCO, K. V.; NASCIMENTO, R. C.; JOAQUIM, F. F.; BRAGA, J. T. De repente, uma câmera… Isto é uma escola? Retratos desfoucados. In: II CONGRESSO DE EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS; VIII SEMINÁRIO DE LINGUAGENS, POLÍTICAS DE SUBJETIVAÇÃO E EDUCAÇÃO; II SEMINÁRIO IMAGO, 2012, Rio Claro/SP. Anais[...]. Rio Claro: Unesp, 2012. Disponível em: https://ib.rc.unesp.br/Home/Departamentos47/educacao/grupodeestudosepesquisaslinguagensexperienciaeformacao/3v-kethylin_recco_etal.pdf. Acesso em: 29 abr. 2021
RIBETTO, A.; DIAS, R. O. Micropolítica e uma aposta ética, estética e política de formar professores pela invenção. Revista Educação e Cultura Contemporânea, v. 17, n. 47, p. 209-229, 2020.
ROLNIK, S. Cartografia sentimental: transformações contemporâneas do desejo. 2. ed. Porto Alegre: Sulina/Ed. UFRGS, 2007.
ROLNIK, S. Psicologia: subjetividade, ética e cultura. Saúdeloucura, 6: Subjetividade. São Paulo: Hucitec, 1997.
ROMAGUERA, A. R. T.; WUNDER, A. Políticas e Poéticas do Acontecimento: do silêncio a um risco de voz. Revista Brasileira de Estudos da Presença. Porto Alegre, v. 6, n. 1, p. 124-146, jan./abr. 2016.
SPOLIN, V. Jogos teatrais: o fichário de Viola Spolin. 3. ed. São Paulo: 2014.
VIGNALE, S. Prefacio para una política de la escritura. In: CALLAI, C.; RIBETTO, A. (org.). Uma escrita acadêmica outra: ensaios, experiências e invenções. Rio de Janeiro: Lamparina, 2016, p. 68-74.
WUNDER, A. Das imagens que movem o pensar. In: SCARELI, G.; FERNANDES, P. C. O que te move a pesquisar? Ensaio e experimentações com cinema, educação e cartografia. Porto Alegre: Sulina, 2016, p. 12-31.
WUNDER, A.; MARQUES, D.; AMORIN, A. C. R. Pesquisa-experimentação com imagens, palavras e sons: forças e atravessamentos. Visualidades, Goiânia, v. 14, n. 1, p. 104-127, 2016.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Os Autores que publicam nessa revista concordam com os seguintes termos:
a) Os autores cedem os direitos autorais à revista, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution License que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da sua autoria e publicação nesta revista.
b) A política adotada pela Comissão Editorial é a de ceder os direitos autorais somente após um período de 30 meses da data de publicação do artigo. Transcorrido esse tempo, os autores interessados em publicar o mesmo texto em outra obra devem encaminhar uma carta à Comissão Editorial solicitando a liberação de cessão dos direitos autorais e aguardar resposta.
c) Esta revista proporciona acesso público a todo o seu conteúdo, uma vez que isso permite uma maior visibilidade e alcance dos artigos e resenhas publicados. Para maiores informações sobre esta abordagem, visite Public Knowledge Project, projeto que desenvolveu este sistema para melhorar a qualidade acadêmica e pública da pesquisa, distribuindo o OJS assim como outros softwares de apoio ao sistema de publicação de acesso público a fontes acadêmicas. Os nomes e endereços de e-mail neste site serão usados exclusivamente para os propósitos da revista, não estando disponíveis para outros fins. This journal provides open any other party Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons