O CRESCIMENTO DA FOME NA VENEZUELA: A DEPENDÊNCIA ECONÔMICA E O PAPEL DA OFENSIVA IMPERIALISTA
Resumen
O presente trabalho objetiva analisar como a ofensiva imperialista comandada pelos Estados Unidos sobre a Venezuela, desde meados da década de 2010, e a dependência econômica à produção de petróleo têm conduzido essa nação a uma crise sem precedentes que se expressa no crescimento da fome. Dessa maneira, iniciamos com algumas considerações sobre a problemática do imperialismo, vinculado à expansão territorial do modo de produção capitalista para submeter novos espaços à sua dinâmica de acumulação, e como ela se expressa concretamente no período contemporâneo de crise estrutural. Na sequência, analisamos brevemente a dependência histórica da Venezuela, país da periferia capitalista submetido aos interesses do centro, à produção de petróleo e como isso impactou a produção de bens de consumo, em especial de alimentos, conduzindo a uma necessidade de importação dos mesmos. Por fim, explicitamos a ofensiva imperialista, comandada pelos governos norte-americanos de Barack Obama e Donald Trump, sobre a Venezuela e quais mecanismos ela mobiliza para desestabilizar economicamente, politicamente e socialmente esse território, levando, em conjunto aos efeitos da crise de 2008 sobre o preço do petróleo, a uma intensificação da crise venezuelana que se expressa, entre outras coisas, na dificultação da importação de alimentos e, consequentemente, no crescimento da insegurança alimentar e da fome nesse território.
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Estudos Geográficos: Revista Eletrônica de Geografia, Rio Claro, SP, Brasil - eISSN: 1678—698X está licenciada sob Licença Creative Commons