INFLUÊNCIA DO FENÔMENO VERANICO NA PRODUTIVIDADE DA SOJA NA MESORREGIÃO TRIÂNGULO MINEIRO/ALTO PARANAÍBA–MG

INFLUÊNCIA DO FENÔMENO VERANICO NA PRODUTIVIDADE DA SOJA NA MESORREGIÃO TRIÂNGULO MINEIRO/ALTO PARANAÍBA–MG

Autores

  • Aline de Freitas Roldão Universidade Federal de Uberlândia
  • Vanderlei de Oliveira Ferreira Universidade Federal de Uberlândia

Resumo

Nas regiões tropicais, apesar da crescente inserção de tecnologias, o sucesso das atividades agrícolas ainda depende das características da estação chuvosa, especialmente as culturas anuais, que são plantadas e colhidas dentro do período chuvoso, como é o caso da soja. O presente artigo relata pesquisa sobre a relação entre ocorrência de veranicos e produtividade da soja na mesorregião Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba-MG, a fim de atualizar o entendimento sobre o grau de dependência dessa importante cultura agrícola em relação à variabilidade pluviométrica. Foram utilizadas séries históricas de 30 postos pluviométricos da Agência Nacional de Águas, englobando o período de 1980 a 2013. Os dados de produtividade da soja foram adquiridos por meio do IBGE, referentes ao período de 1990 a 2012. Inicialmente foram calculados os balanços hídricos anuais através da metodologia de Thornthwaite e Mather (1955), etapa necessária para aplicação de critérios visando delimitação da estação chuvosa e contagem de veranicos. Posteriormente foram elaborados gráficos de dispersão e calculados coeficientes de correlação de Pearson entre as variáveis: produtividade da soja e ocorrência de veranicos. Em média, a estação chuvosa tem início em 19 de outubro e término em 11 de abril, com uma duração média de 175 dias. Ocorreram 3553 veranicos durante o período analisado, sendo 77% de duração entre 05 e 09 dias. O mês de fevereiro foi o que somou maior número de ocorrências de veranicos. Dentre as 30 localidades analisadas, 21 tiveram correlações negativas, demonstrando que quanto maior o total de veranicos menor é a produtividade da soja. As 9 localidades restantes apresentaram correlações positivas e fracas, indicando a não existência de relação entre as variáveis analisadas.

Biografia do Autor

Aline de Freitas Roldão, Universidade Federal de Uberlândia

Geógrafa, mestre em Geografia pela Universidade Federal de Uberlândia

Vanderlei de Oliveira Ferreira, Universidade Federal de Uberlândia

É geógrafo, mestre e doutor em Geografia pela Universidade Federal de Minas Gerais (IGC/UFMG). É professor da Universidade Federal de Uberlândia (IG/UFU). Dedica-se ao ensino e pesquisa em áreas das Geociências, especialmente Climatologia, Hidrogeografia e Geocartografia. Desenvolve projetos de pesquisa financiados pela Fapemig e pelo CNPq. Participa do Programa de Pós-graduação em Geografia da Universidade Federal de Uberlândia.

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Publicado

2016-02-27

Edição

Seção

Artigos
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