ESTIMATIVA DA ERODIBILIDADE E TOLERÂNCIA DE PERDAS DE SOLO NA REGIÃO DO CENTRO LESTE PAULISTA

Autores

  • Edvania Aparecida CORRÊA Unesp
  • Isabel Cristina MORAES
  • Sérgio dos Anjos Ferreira PINTO

Resumo

Visando compreender a dinâmica dos processos erosivos, o presente artigo estimou os valores de erodibilidade e tolerância de perdas de solo em função das propriedades físicas e químicas de solos derivados de arenitos e argilitos. A determinação da erodibilidade foi calculada conforme o método proposto por Denardin (1990) e para o cálculo do fator tolerância de perdas de solo foi utilizado o método proposto por Lombardi & Bertoni (1975), modificado por Bertol & Almeida (2000). Nas bacias hidrográficas do ribeirão Jacutinga e do córrego do Monjolo Grande, contribuintes da bacia do rio Corumbataí, setor centro leste paulista, realizaram-se coletas de amostras de solo distribuídas nas unidades pedológicas de Neossolo Quartzarênico, Argissolo Vermelho Amarelo e Cambissolo Háplico. Os valores extremos do fator erodibilidade variaram de 0,0075 a 0,1573 t h MJ-1 mm-1 respectivamente para as unidades de Cambissolo Háplico e Neossolo Quartzarênico. Os valores extremos de tolerância de perdas de solo variaram de 4,0 (Cambissolo Háplico e Argissolo Vermelho Amarelo) a 10 t ha-1 ano-1, (Neossolo Quartzarênico). Concluiu-se que o aumento da relação textural acarretou o aumento da erodibilidade e diminuição dos valores de tolerância de perdas. Da comparação entre solos com características físico-químicas distintas, foi verificada elevada variabilidade dos valores de erodibilidade e tolerância de perdas para amostras pertencentes à mesma classe pedológica. Ressalta-se a importância de pormenorizar o estudo das unidades pedológicas com base na variação textural e características físico-químicas dos solos, visto que podem apresentar comportamentos diferenciados frente ao processo erosivo, especialmente quando da utilização de modelos preditivos como a Equação Universal de Perda de Solo (EUPS). O método indireto do fator de erodibilidade proposto por Denardin (1990), bem como o cálculo do fator tolerância de perdas conforme Lombardi e Bertoni (1975), apresentaram capacidade satisfatória na estimativa dos valores amostrais, proporcionando maior nível de detalhamento, e contemplando características mais próximas às condições reais do cenário de estudo.

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Publicado

2015-09-15

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Seção

Artigos