QUANTIFICAÇÃO DE SEDIMENTOS TRANSPORTADOS POR CORRENTES NAS PRAIAS OCEÂNICAS DE SALINÓPOLIS, NORDESTE DO PARÁ, BRASIL
Autores
Leilanhe Almeida RANIERI
Maâmar EL-ROBRINI
Resumo
A costa amazônica apresenta extensos ambientes de sedimentação, fortes correntes de maré (até 2 m/s), alto índice pluviométrico (>2.500 mm/ano), ampla drenagem fluvial e numerosos estuários. O artigo quantifica sedimentos transportados em três setores de praias em Salinópolis/Pa: oeste, central e leste. Foram realizadas campanhas de campo durante a estação chuvosa (26-28/04/2013) e estação menos chuvosa (04-06/10/2013), coletados sedimentos com armadilhas nas praias e dados de ondas e correntes longitudinais. Menores períodos de ondas (<5,35 s) ocorreram durante a maré enchente (setor oeste). Maiores alturas de ondas (>0,86 m) e correntes longitudinais (>0,45 m/s) no setor leste. Houve mais sedimentos transportados longitudinalmente na estação menos chuvosa (mínimo 28x10-2 kg/min/m2: enchente, setor oeste; máximo 109x10-2 kg/min/m2: vazante, setor leste). O balanço de sedimentos transportados transversalmente foi menor no setor central (mínimo 80 g: vazante, máximo 690 g: enchente; estação menos chuvosa). A circulação de sedimentos é oriunda, principalmente, do retrabalhamento de depósitos da plataforma continental, desempenhado pelas correntes de marés, podendo alterar o sentido da deriva litorânea em direção à enchente e vazante dos estuários que atravessam a costa. Durante domínio de ondas há maior incremento de areia fina transportada.