CISTOS DE DINOFLAGELADOS DO HOLOCENO DA PLANÍCIE COSTEIRA DE SANTA CATARINA (POÇO PSC-03): DESCRIÇÕES TAXONÔMICAS E IMPLICAÇÕES PALEOAMBIENTAIS
DOI:
https://doi.org/10.5016/geociencias.v38i3.12563Resumo
Estudos palinológicos de detalhe abordando cistos de dinoflagelados quaternários de depósitos sedimentares brasileiros são relativamente escassos. A análise palinológica de sedimentos do Holoceno do poço PSC-03 (27º53'22"S; 48º39'04'' W) perfurado na Planície Costeira de Santa Catarina, sul do Brasil, revelou associações palinológicas abundantes e diversificadas que incluem palinomorfos terrestres (esporos, grãos de pólen, fungos, algas de água doce) e marinhos (cistos de dinoflagelados, palinoforaminíferos). A não exposição das amostras a métodos agressivos, tais como oxidação e acetólise, durante o processamento laboratorial permitiu a recuperação de cistos da Família Protoperidiniaceae. Três gêneros (Brigantedinium spp., Lejeunecysta spp., Spiniferites spp.) e quatro espécies (Brigantedinium simplex, Selenopemphix nephroides, S. quanta, Operculodinium centrocarpum) de cistos de dinoflagelados são descritos e ilustrados aqui, constituindo uma das associações fósseis mais diversificadas do grupo para o Holoceno brasileiro. A associação de cistos de dinoflagelados sugere ambiente marinho marginal, com águas superficiais susceptíveis a variação de salinidade e alta concentração de nutrientes.