ABORDAGEM GEOSSISTÊMICA EM TRILHAS DA MATA ATLÂNTICA: GEODIVERSIDADE, GEOÉTICA E INTERPRETAÇÃO AMBIENTAL PARA O ATINGIMENTO DOS ODS DA AGENDA 2030

Geossystemic approach on Atlantic Forest trails: geodiversity, geoethics and environmental interpretation to achieve the 2030 agenda DSG

Autores

  • Jhone Caetano de ARAUJO Universidade Federal do Rio de Janeiro
  • Fernando Amaro PESSOA Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca. Cefet/RJ
  • Marcus Felipes Emerick Soares CAMBRA Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Faculdade de Geologia.
  • Maria Naíse de Oliveira PEIXOTO Universidade Federal do Rio de Janeiro - Geografia UFRJ
  • Kátia Leite MANSUR Geologia UFRJ
  • Elisa Elena de Souza SANTOS Universidade Federal do Rio de Janeiro PPGL UFRJ
  • José Carlos Sícoli SEOANE Universidade Federal do Rio de Janeiro Geologia UFRJ

DOI:

https://doi.org/10.5016/geociencias.v41i02.16461

Resumo

As trilhas são caminhos que conectam paisagens e pessoas. Neste trabalho apresentamos uma proposta de sistematização metodológica para uma abordagem geossistêmica da geodiversidade em trilhas da Mata Atlântica, articulando suas bases com os princípios da geoética e da interpretação ambiental visando contribuir para o atingimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030. Estudos sobre a geodiversidade, em uma perspectiva geoética, apontam para a necessidade de uma mudança de comportamento e de atitudes responsáveis dos geocientistas para com o Sistema Terra. Neste contexto, a interpretação ambiental constitui estratégia fundamental para a comunicação com a sociedade. A proposta é apresentada com base em três estudos de caso no Estado do Rio de Janeiro (Brasil): Caminho Darwin na Serra da Tiririca, Travessia Petrópolis-Teresópolis e Transcarioca. A partir de vivências e pesquisas científicas desenvolvidas, em sintonia com demandas dos gestores e usuários de trilhas de cada território, o fomento do uso público em áreas protegidas se torna grande aliado para atividades de geoturismo e geoeducação, contribuindo para o desenvolvimento socioambiental responsável. As diferentes escalas territoriais envolvidas evidenciam desafio e relevância metodológica deste tipo de sistematização, com nova abordagem em trilhas, que se apresenta como estratégias para alcançar 14 ODS.

Biografia do Autor

Jhone Caetano de ARAUJO, Universidade Federal do Rio de Janeiro

Universidade Federal do Rio de Janeiro

Avenida Athos da Silveira Ramos, 274 - Cidade Universitária - Rio de Janeiro - RJ.

Possui graduação em Geografia - Bacharelado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2012) e mestrado em Geologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2015). Está com o doutorado em andamento em Geologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Tem experiência na área de Geociências, com ênfase em Geocartografia e Geoconservação, atuando principalmente nos seguintes temas: geoprocessamento, geotecnologias, cartografia histórica, cartografia ambiental, sig, sensoriamento remoto, fotointerpretação, modelagem 3D, mde, geodiversidade, patrimônio geológico, inventário e valoração de sítios da geodiversidade, divulgação científica, serviços ecossistêmicos, geoeducação, geoturismo e uso público em unidades de conservação.

Fernando Amaro PESSOA, Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca. Cefet/RJ

Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca.

Rua do Imperador, 971 - Centro, Petrópolis – RJ.

Professor e pesquisador do CEFET/RJ campus Petrópolis. Possui Graduação (Licenciatura e Bacharelado) em Geografia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, mestrado e doutorado em Geografia, na área de concentração Planejamento e Gestão Ambiental, pela mesma instituição. Atua no tema Geodiversidade e Serviços Ecossistêmicos em trilhas e áreas protegidas, coordenando projetos de extensão relacionados à divulgação das geociências e elaboração de roteiros turísticos e didáticos a partir da interpretação ambiental. Também possui experiência na utilização das formas de húmus e ciclagem de nutrientes como indicador funcional de fragmentos florestais da Mata Atlântica.

Marcus Felipes Emerick Soares CAMBRA, Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Faculdade de Geologia.

Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Faculdade de Geologia.

Rua São Francisco Xavier, 524 - Maracanã, Rio de Janeiro – RJ.

Graduado em Geografia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1995) e Mestrado em Geografia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1998) na área de concentração de Geomorfologia/Geoecologia. Tem experiência acadêmica nas áreas de Geomorfologia, com ênfase em Geoecologia e Hidrologia. Desde 2014 no Departamento de Recursos Minerais do Estado do Rio de Janeiro - DRM/RJ vem atuando nas áreas das geociências de Geodiversidade, Geoconservação, Geoturismo, Geoeducação e Geoparque. Coordenou o Projeto Caminhos Geológicos no período de 2016 a 2018. Desde novembro de 2018 atua no projeto de extensão da Faculdade de Geologia da UERJ: "Projeto Caminhos Geológicos - divulgação e preservação do patrimônio geológico do Estado do Rio de Janeiro ? a participação da UERJ", como também no Projeto Geoparque Costões e Lagunas do Estado do Rio de Janeiro.

Maria Naíse de Oliveira PEIXOTO, Universidade Federal do Rio de Janeiro - Geografia UFRJ

Universidade Federal do Rio de Janeiro

Avenida Athos da Silveira Ramos, 274 - Cidade Universitária - Rio de Janeiro - RJ.

Graduada em Geografia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro/UFRJ (1988), possui Mestrado (1993) e Doutorado (2002) na área de Planejamento e Gestão Ambiental do Programa de Pós-graduação em Geografia desta universidade. É professora da UFRJ desde 1997, vinculada ao Núcleo de Estudos do Quaternário & Tecnógeno do Departamento de Geografia / Instituto de Geociências, ministrando regularmente disciplinas nos cursos de graduação (bacharelado e licenciatura) e pós-graduação em Geografia da UFRJ e no curso de Especialização em Ensino de Geografia da Faculdade de Educação da UFRJ. Tem experiência na área de Geociências, com ênfase em Geomorfologia, atuando principalmente nos seguintes temas: Geomorfologia do Quaternário, Análise de Bacias de Drenagem, Evolução de Encostas e Cabeceiras de Drenagem, Processos Erosivos e Mapeamento Geomorfológico e, na área de Meio Ambiente, em projetos de Geomorfologia Aplicada, Gestão de Águas e Educação Ambiental.

Kátia Leite MANSUR, Geologia UFRJ

Universidade Federal do Rio de Janeiro

Avenida Athos da Silveira Ramos, 274 - Cidade Universitária - Rio de Janeiro - RJ.

Possui graduação em Geologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1981) e doutorado pela mesma universidade (2010). Desde maio de 2011 é professor do Instituto de Geociências / Departamento de Geologia da UFRJ, ministrando as disciplinas de Geologia Geral para o Bacharelado de Ciências Matemáticas e da Terra - BCMT e Geoconservação para o Curso de Geologia e BCMT. Faz parte do corpo docente do PPGL - Programa de Pós-Graduação em Geologia do Departamento de Geologia - UFRJ e do PPGEO - Programa de Pós-Graduação em Geociências: Patrimônio Geopaleontológico da UFRJ/Museu Nacional. Tem experiência na área de Geologia Ambiental, Hidrogeologia, Geoconservação e Popularização da Ciência. Por 29 anos atuou no Serviço Geológico do Estado do Rio de Janeiro - DRM-RJ, onde coordenou o Projeto Caminhos Geológicos desde sua inauguração em 2001 até 2011. Faz parte da coordenação do Projeto Caminhos de Darwin e do grupo de gestão da proposta do Geoparque Costões e Lagunas do Rio de Janeiro. Atualmente é Diretora do Museu da Geodiversidade. Em 2014 recebeu o Prêmio Monteiro Lobato da Sociedade Brasileira de Geologia pelo seu trabalho pela Popularização da Geologia.

Elisa Elena de Souza SANTOS, Universidade Federal do Rio de Janeiro PPGL UFRJ

Universidade Federal do Rio de Janeiro

Avenida Athos da Silveira Ramos, 274 - Cidade Universitária - Rio de Janeiro - RJ.

Possui graduação e mestrado em Geologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2016/2021). Tem experiência na área de Geociências, com ênfase em Geologia, atuando principalmente nos seguintes temas: interpolação, estereofotogrametria, modelo digital de elevação, áreas protegidas marinhas, batimetria, geoconservação, geodiversidade e geotecnologias.

José Carlos Sícoli SEOANE, Universidade Federal do Rio de Janeiro Geologia UFRJ

Universidade Federal do Rio de Janeiro

Avenida Athos da Silveira Ramos, 274 - Cidade Universitária - Rio de Janeiro - RJ.

Graduado em Geologia pela Universidade de São Paulo (1989) e Doutor em Geociências pela Universidade Estadual de Campinas (1999). Atualmente é Professor Titular da Universidade Federal do Rio de Janeiro, e tem projetos e colaborações com colegas da casa e das Universidades Federais Fluminense, de Brasília, e de Pernambuco. Ensina Geoprocessamento, Mapeamento de Campo e Fotogeologia na Graduação e na Pós-graduação, tendo completado a orientação de 8 teses de doutorado e 12 dissertações de mestrado. Atualmente orienta 5 teses de doutorado, 4 dissertações de mestrado e 5 trabalhos de conclusão de curso. Atua principalmente nos temas de Prospecção Mineral, Cartografia Geológica, Geologia Costeira e do Quaternário, utilizando integração de dados e ferramentas de Sensoriamento Remoto, Geoprocessamento, e SIG - Sistemas de Informação Geo-referenciada. Foi geólogo da Cia. Vale do Rio Doce (Vale / CVRD, 8 anos) e gerente de geoquímica para a América do Sul da AngloGold-Ashanti (1 ano).

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Publicado

2022-10-17

Edição

Seção

Artigos